apresentação

Em 2018 três montanhistas, dos estados de RJ, SP e MG criaram o desafio de se preparar e ir aos 4 pontos mais extremos do Brasil, no Sul, no Norte, no Oeste e no Leste para conhecer os habitantes dessas longínquas regiões. Antes da pandemia foi realizada a primeira expedição reunido um grupo de amigos para essa aventura. O projeto foi interrompido com a pandemia. Nesta segunda fase, pós pandemia, outros montanhistas aderiram ao projeto, todos se preparando para cruzar trilhas terrestres e fluviais, atravessar centenas de quilômetros de praias, de montanhas e de selva, por rios e até mesmo pelo oceano, em barcos e veleiro, por canoas e a pé, enfrentando os desafios da natureza e animais perigosos, treinando e até mesmo alguns aprendendo a velejar. Concomitantemente, o grupo majoritariamente oriundo das metrópoles dos grandes centros do Sudeste, ao estabelecer contatos com os povos originários leva doações e contribuições em diversas ações de apoio e solidariedade.

objetivo

Alcançar pelas formas tradicionais, por terra, por rios e por mar, os 4 Extremos do Brasil, os pontos geográficos oficiais no sul, norte, oeste e leste, superando os desafios encontrados e visando realizar um documentário e uma publicação, física ou online, das expedições e dos povos originários que habitam ou habitaram esses extremos, incluindo seus relatos, história, cultura e tradições orais.

EXTREMO SUL: alcançar o arroio do Chuí na fronteira do sul delimitadas no século XIX com o surgimento do Brasil como nação independente. Os povos originários que habitavam a região sul da colônia portuguesa e norte da colônia espanhola eram os Guaranis, atualmente dispersos em 5 países.

EXTREMO NORTE: alcançar o marco B/BG-11-A na fronteira com a Guiana que foi delimitada junto a nascente do Rio Aylan (Ailã). Os povos originários que ali habitam são os Ingarikós que se autodenominam Kakpon que significa “povo do/no céu” ou “povo das/nas alturas”. Tem em torno de 12 aldeias sendo a aldeia Manalai (Manairai) a referência para o extremo norte.

EXTREMO OESTE: alcançar o marco na nascente do Rio Moa, fronteira com o Peru. Nessa região habitam os povos indígenas Nawá, em sua maioria na margem direita do rio Moa e os Nukinis na margem esquerda do rio Moa .

EXTREMO LESTE: circunavegar de veleiro a ilha de Martim Vaz, de origem vulcânica, inabitada. Ancorar em Trindade e conhecer os brasileiros que ali residem isolados no meio do oceano Atlântico.

justificativa

O Brasil é um país continental. Quando o conhecemos de forma mais completa a nossa noção civilizatória evolui pois percebemos que os brasileiros não são somente aqueles que habitam as cidades e o campo. Nos extremos mais longínquos e pouco conhecidos existem pessoas vivendo uma outra realidade que sequer imaginamos. Queremos mostrá-los e conhecê-los. Povos que já existiam antes da colonização europeia.

Seja numa comunidade indígena de um extremo longínquo da Amazônia que integrada ao meio ambiente preserva a floresta e a defende de invasores, ou pesquisadores e militares isolados por milhares de quilômetros no meio do oceano Atlântico, enfrentando uma natureza implacável  ou numa fronteira ativa onde duas nações se entrecruzam na mesma avenida com 2 moedas e 2 idiomas, num local onde antes habitam os povos originários. Assim é o Brasil, um gigante pouco conhecido nos seus limites.

Para conhecer seus extremos e entender um pouco mais as suas fronteiras e os que vivem nelas é preciso ir até lá.

quem

Montanhistas com espirito de resiliência capazes de enfrentar desafios e aventuras radicais e chegar aos extremos mais remotos por trilhas, barcos, e até aviões, se necessário, para conhecer mais o Brasil, seus povos originários e suas belezas naturais bem como as realidades únicas dos que ali vivem resgatando a grandeza de um pais multicultural com mais de 200 milhões de habitantes e 8,5 milhões de km².

a aventura

Assim foi criado o projeto 4 Extremos do Brasil com expedições meticulosamente elaboradas com enormes desafios que serão superados com inteligência e determinação. Além de conhecer e divulgar esses lugares e os povos que ali vivem, temos o compromisso de contribuir com as comunidades originárias, naquilo que for necessário a elas.

Ao término do projeto os registros obtidos serão publicados física ou online e num documentário, mostrando todas as etapas, a preparação e as dificuldades, os desafios enfrentados bem como o lado humano e árduo da vida que descobrimos em cada extremo, a natureza bela e muitas vezes intocada para, também, inspirar a vontade de conhecer nosso país àqueles que os seus olhos veem além do horizonte.

É um projeto sem fins lucrativos realizado de forma amadora e com custos compartilhados entre os participantes.

1ª ETAPA
O projeto se iniciou antes da pandemia em 02/03/2019 no EXTREMO SUL pela Travessia dos Faróis do Cassino ao Chuí com 226km, com 12 montanhistas: Ana Paula Micieli/SP, Barbara Amaral/RJ, Bárbara Franz/RJ, Camila Coubelle/MG, Celeste Viana/RJ, Erick Sanz/RJ, Jaminson/ES, Lavínia Schwantes/RS, Marcus Carrasqueira/RJ, Rose Furiel/RJ, Sueli Tostes/RJ e Tereza Rocha/RJ.

Ana Paula, psicóloga especializada em Distúrbios do Desenvolvimento.


A Pandemia interrompeu a continuidade. E em 15/11/2024 refizemos o EXTREMO SUL com 6 montanhistas: Erick Sanz/RJ, Jefferson Soares/ES, José Marcos Quintella/RJ, Juliana Amy/RJ, Lilian Correia/RJ e Marta Barreira/RJ.

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